
Neste excerto, redigido com base na palestra “A criação de si como obra de arte”, proferida na Universidade Federal de Uberlândia em setembro de 2013, esboçarei um caminho no sentido de apreender a função da obra de arte como algo que não é mera expressão de uma invenção humana, diferente de sua invenção científica, moral ou religiosa. Quero partir da ideia de que a arte funciona como a vida. Ela é vida, desde que a vida seja intensa. E uma vida intensa é diferente de uma vida que apenas desenvolve, ou desdobra, qualidades ou propriedades inatas e formadoras do caráter humano. A vida intensa implica uma atitude. Implica uma atividade, num sentido raro. E por “sentido raro” quero dizer que só podemos ser ativo na medida em que efetuamos algum tipo de realidade a partir das forças que nos constituem e que nos atravessam. Forças que, em seu modo de…
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