Na segunda metade do século XIX, a Itália passava por uma séria crise econômica. A alta taxa de desemprego e a falta de perspectivas faziam com que a população ponderasse deixar a Europa. Do outro lado do Atlântico, a abolição da escravatura deu início a uma campanha em solo italiano pela busca de mão-de-obra para a lavoura brasileira, fazendo com que muitos italianos optassem pela vida no Brasil. Foi o caso do toscano Giovanni Graziano Rossi, registrado ao chegar como João Rossi, e seu pai, que faleceu em seguida, vitimado pela febre amarela. Do Velho Mundo, Rossi trouxe consigo o conhecimento da arte da cestaria, e dedicou-se a esse ofício a partir de 1895, quando conseguiu da prefeitura de Petrópolis permissão para vender cestos, chapéus de palha, tamancos e vassouras.

Anos mais tarde, em 1918, a profissão de mascate daria lugar à fundação de uma pequena fábrica de vassouras, escovas, pincéis e tamancos. Mas seria apenas em 1933, pela visão industrial e atuação do filho Sylvio Rossi, que a marca Rossi se fortaleceria. Nascia a Fábrica Vassouras Rossi, localizada na Vila Nogueira, no Rio de Janeiro. A modernização da atividade chegou somente nos anos 90, quando a empresa deixou de trabalhar apenas com fibras naturais e entrou na era tecnológica: Rossi importou — da sua Itália, claro — máquinas e tecnologia, passando a usar materiais como polipropileno e PET para atender à reivindicação de clientes e consumidores.

A Rossi segue hoje na quarta geração da família, dando continuidade ao legado de Giovanni.