O tema é um assunto polêmico, porque o carinho que temos pelos animais de estimação tem mudado a percepção sobre o assunto. Mas os fogos de artifício fazem parte da História, de uma tradição que nasceu há 2.000 anos, quando os alquimistas estudavam fórmulas a partir da mistura de salitre, enxofre e carvão, inventando, então, a pólvora.

No século VII, os alquimistas do Islã teriam aprimorado o método ao acrescentar pirotecnia, criando chamas coloridas a partir da mistura de sais oxidantes de potássio. Por intermédio tanto dos comerciantes árabes quanto das expedições realizadas por diversos exploradores, como o mercador italiano Marco Polo (1254–1324), os fogos de artifício fabricados na China começaram a aparecer na Europa ainda no século XIV. Nesse mesmo século, começaram a surgir as principais fábricas dedicadas aos explosivos na Europa.

No Brasil, os primeiros registros de fabricação e uso de fogos de artifício datam de um período próximo ao século XVIII, tendo se popularizado a partir da chegada da família real portuguesa. Ainda nesse século, vemos surgir as primeiras fábricas destinadas aos fogos na cidade de Santo Antônio do Monte, em Minas Gerais, fazendo da região o principal polo produtor de fogos do Brasil. No país, o mais antigo fabricante ainda em atividade nasceu em Jacareí, no interior de São Paulo, vindo a construir sua fábrica em Santo Antônio do Monte, em Minas Gerais, onde tudo começou. Imigrante italiano da região de Palermo, Antonio Chieffi homenageou o português Diogo Álvares Correia, conhecido em tupi como “Caramuru” –  “homem trovão” ou “pau que cospe fogo” –, em referência ao estrondo da sua arma, que, estranha aos índios, intimidava toda a tribo quando disparada ao ar. 

A Fogos Caramuru teve tamanho prestígio em sua trajetória que foi a empresa escolhida como responsável pelo show de fogos na inauguração do parque temático da Disneylândia, nos Estados Unidos.

O Brasil hoje é o segundo maior produtor de fogos de artifício do mundo, perdendo apenas para a China.