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Trabalho de Adriana Varejão
#28O FemininoCulturaSociedade

Flexibilização de gênero nos animais

por Amanda Lee Mascarelli

As pessoas tendem a descrever materiais flexíveis e facilmente transformáveis como o plásticos. A maioria desses materiais é feita de polímeros, geralmente criados a partir de combustíveis fósseis. Mas até mesmo comportamentos podem ser flexíveis e mutáveis. Nesse sentido, eles também podem ser considerados plásticos.

Paul Vasey trabalha na Universidade de Lethbridge, em Alberta, no Canadá. Como psicólogo comparativo, ele estuda os comportamentos dos animais, e percebeu que, em termos de sexo biológico, estes geralmente não são rígidos ou imutáveis. Alguns comportamentos parecem ser plásticos.

Ao fazer comparações entre as espécies, é importante levar em consideração algumas diferenças importantes, Vasey observa. Por exemplo: “Quando você tem uma identidade, você precisa ter um conceito de si mesmo”. Na verdade, a identidade e o gênero estão intimamente conectados nas pessoas. Pode ser quase impossível desligar um do outro.

Porém, com exceção talvez dos grandes primatas, diz Vasey, há muito pouca evidência de um conceito de “si mesmo” nos animais. Isso significa que eles não sabem que estão agindo como machos ou fêmeas. Eles simplesmente manifestam seus comportamentos típicos – e às vezes não típicos – do sexo ao qual pertencem. Apesar disso, há muitos exemplos de condições de intersexualidade no reino animal. Esses sinais de ambos os sexos podem aparecer tanto nos comportamentos como nos traços físicos.

Por exemplo, o livro Biological Exuberance, de 1999, aponta que mais de 50 espécies de peixes de recifes são capazes de inverter seu órgão sexual (ovários que produzem óvulos e testículos que produzem espermatozoides). Isso se chama transexualidade. Ela pode afetar bodiões, garoupas, peixes-papagaio, peixes-anjo e outros. Os peixes que começam a vida como fêmeas, com ovários em pleno funcionamento, podem sofrer uma mudança radical e, voilà, passam a ter um sistema reprodutor masculino. Mesmo com a mudança de sexo, os machos e as fêmeas continuam capazes de se reproduzir.

Diversos tipos de aves, como parulídeos e avestruzes, também podem exibir um mosaico de características masculinas e femininas. As cores, a plumagem, o canto e outras características de um sexo podem aparecer em membros do sexo oposto.

Pesquisadores já documentaram condições de intersexualidade em ursos pardos, negros e polares. Em certas populações, uma pequena percentagem de fêmeas tem genitálias que se assemelham às masculinas. Algumas delas têm filhotes, apesar de parecerem machos. A intersexualidade também apareceu em babuínos, cervos, alces, búfalos e cangurus. Ninguém sabe bem por que, mas, ao menos em alguns casos, poluentes na água – como pesticidas – criaram condições claramente anormais. Por exemplo, biólogos encontraram óvulos nos testículos de alguns jacarés e peixes machos que haviam sido expostos a certos pesticidas.

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Em alguns experimentos, a exposição a pesticidas chegou a transformar sapos geneticamente machos no que pareciam ser fêmeas. Estas eram capazes de ter uma ninhada saudável – embora sempre composta só por machos (como eram ambos seus pais originalmente). Em outros casos, condições de intersexualidade surgiram em cenários completamente naturais.

Talvez um dos melhores exemplos da plasticidade sexual venha de um novo estudo sobre rãs europeias. Uma única espécie – Rana temporaria – vive nas florestas entre a Espanha e a Noruega. Uma quantidade aproximadamente igual de machos e fêmeas se desenvolve a partir dos girinos na “raça” norte. Porém, na região sul, outra raça dessa espécie somente gera fêmeas. Todas têm ovários, o órgão que produz os óvulos, mas nem todas permanecem fêmeas. Cerca de metade dessas rãs eventualmente perde seus ovários e desenvolve testículos, tornando-se machos também capazes de se reproduzir.

A raça que inicialmente tem ovários depende de estímulos ambientais para desencadear sua mudança de fêmea para macho. Pesquisadores registraram essas diferenças nas rãs na edição de 7 de maio de 2008 do periódico Proceedings of the Royal Society B.

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