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Baco, de Caravaggio (1586)
#53MitosCulturaLiteratura

Dioniso, algazarra e silêncio

por Roberta Ferraz

ANTIGA ENÓCOA 

foi nele, Dioniso, meu cão 
muito vagarosa distribuo 
os pinceis esta tortura 
videiras 
emaranhadas, o meu peito 

a vela queima sangue 
arquejo do grande temor 
consome 

quero mais — o iniludível 
o que não me proíba 
o amor 

No recôndito de nossa memória, os cultos de fertilidade e morte não ocupam lugares separados. Destes cultos e ritos de iniciação, em algumas tradições do mundo antigo, Dioniso é considerado maestro. Dioniso, cujos epítetos dizem do frenético, o doador do vinho, era aliado e companheiro do espírito dos mortos. Aquele que fascina e alimenta, o eternamente abalado, liberador de toda pena e toda culpa, o que sara e relaxa, o que alegra os mortais, o cheio de graça, o bailarino, o amante extático, o boiadeiro: este deus, o que mais prazer procura, é, ao mesmo tempo, o mais temível de todos. O que ele sussurra em seu grito atordoante? Talvez o segredo da máscara, do corpo, do insondável: em nós, ele sabe que os terrores da aniquilação, cruzando o âmbito inteiro, de toda vida, são a caixa de mel dos prazerosos perfumes do vivo. 

O deus forasteiro, oriundo da Trácia (Ásia Menor) e da Frígia, ou do mar da Lídia, abre seus passos na Grécia em data oscilante… É possível que seu culto seja mesmo anterior ao que alguns historiadores pontuam, já presente no século VIII a.C., por exemplo. Segundo o filólogo Walter Otto, em Delfos, pode-se considerar que a veneração de Dioniso é mais antiga que a de Apolo. Sabemos que o testemunho mais importante da antiguidade do Dioniso grego é a épica homérica, e, nela, lemos a sua particular relação com a deusa marítima Tétis, simbolizando a qualidade aquática de Dioniso, um deus não alheio às profundidades líquidas. No canto VI da Ilíada, depois de perseguido por Licurgo — rei trácio que proibira o culto do deus, arrancando as vinhas de seu reino —, Dioniso é acolhido pelo “trêmulo seio” de Tétis. Licurgo, por sua vez, é cegado por Zeus e/ou devorado por cavalos selvagens… O mergulho de Dioniso, que se esconde com Tétis no mar, fala de um batismo iniciático​,​ conferindo ao deus sua qualidade de ocultamento/revelação, características do seu modo próprio de ser, o modo de seu acontecimento.  

O reaparecimento de Dioniso era celebrado nas Antestérias, ocorrido em diversas cidades da Grécia Antiga e principalmente em Atenas, onde o deus surgia num carro naval, um barco com rodas. As Antestérias eram a festa fúnebre mais importante da Atenas jônica. Os ateniensenses criam que os mortos, neste dia, voltavam à terra para visitar os vivos e permaneciam junto deles até o término da cerimônia. Esta e outras tradições assinalam, de modo evidente, que o culto dos mortos e o culto de Dioniso estavam intrinsecamente vinculados, e que, na origem, eram o mesmo. Num hino homérico a Dioniso, é narrado o episódio de seu encontro com piratas que tentam prendê-lo com “grilhões aflitivos, mas os grilhões não se alinham”, e ele, tornado leão, senta-se sorrindo com seus olhos negros diante do pavor da tripulação.  

Há também testemunhos de uma origem de Dioniso em Nisa, onde ele teria se criado numa gruta perfumada, sob o cuidado de ninfas. Nisa era uma mítica cordilheira sagrada, comparada ao país dos Hiperbóreos. Ali, Hades, surgindo de dentro da terra, raptara Perséfone, enquanto ela colhia flores com as filhas de Oceano. No canto coral da Antígona, Sófocles também nomeia como lugares de sua predileção Tebas, Elêusis, Delfos, Eubea e a Itália. Eurípides menciona ainda Tmolos, o monte dionisíaco.  

Num dos mitos de seu nascimento, sua mãe, Sêmele, fulminada por querer ver o amante, Zeus — e um deus não se olha com os olhos do corpo —, pariu Dioniso prematuro, o “fruto da tormenta”, como escreve Hölderlin. Noutra versão, Zeus recoloca o recém-nascido em sua coxa, gestando-o ele mesmo; noutra ainda, o pai, não deixando que o filho faleça, faz um ninho de ramos de hera para esquentá-lo. Sêmele, sua mãe, era filha do rei Cadmo, o fundador de Tebas, cidade que se fundamenta sobre um mito ctônico. Três mênades de Tebas, pertencentes à estirpe de Ino (irmã de Sêmele), instauram, naquela cidade, o culto a Dioniso. Cada uma das mênades carregava um tirso, o cajado do deus, envolto em hera e com uma pinha no topo. A veneração de Sêmele morta, nas festas de Dioniso, aparece explicitamente num hino órfico. Em todos os mitos, Dioniso é o deus nascido duas vezes — aquele que re-nasce, que se oculta e retorna. Como o grão na terra; como a consciência depois de experimentado um êxtase místico.  

Ulisses, na Odisseia, numa cerimônia para evocar os mortos, faz uso do vinho. O vinho sob Dioniso é elemento essencial da transformação da matéria: ele liberta, transcende, abre espaço, desmonta qualquer suposto controle. É central ao mito dionisíaco o seu duplo nascimento, e a violência com que ele irrompe — um parto fulminante, algo que provoca receio e revolta. A aparição do deus, sua epifania, vem sempre acompanhada de pavorosos efeitos. Tão estranho quanto sua aparição é seu desaparecimento. Seu nascimento é duplo, sugerindo que o segredo do vivo esteja justamente na intimidade entre nascimento e morte.  

Não devemos esquecer que o mundo dionisíaco é sobretudo um mundo feminino. As mulheres despertam e criam Dioniso. Na Odisseia, vemos a vinculação Dioniso-Ariadne, a rainha do séquito dionisíaco, somada a outras deidades que porventura o acompanham, majoritariamente femininas, em especial ninfas, Ártemis (que Homero chama de a ruidosa), Deméter, a grande Mãe, e Hécate, a tumular bacante. Há, inclusive, uma tradição que diz ter sido Dioniso quem levou a esfinge aos tebanos. Este ser, meio mulher, meio leão, que engole humanos, lembra muito Dioniso. Sempre à espreita de reaparecer — renascer —, ele pode ressurgir, por exemplo, como um touro selvagem. A avalanche de sua chegada burla toda ordem e toda norma — vem como um ruído alucinante que, depois que passa (com seu ímpeto de tremor e temor), deixa atrás de si um atordoante silêncio. A seu reaparecimento aguardava um coro de mulheres. Numa frenética escolta ao deus aparecido, elas se adornavam com ramos de hera e de louro, corriam pelos bosques, apresentando duplamente um desejo tanto maternal (as amas de Dioniso, amas de leite, nutridoras dele; muitas vezes as mênades são descritas como mães lactantes) quanto dilacerador e violento (comendo animais crus, assassinas voluptuosas de seus próprios filhos). Representando a natureza em sua qualidade epifânica, elas caíam exaustas e, quando despertavam, pediam ao deus que enchesse seus corações de um celestial pavor, e sentiam em seus membros um frenético desejo de dançar. Da magia de uma infinita maternidade surge a fúria de caçadoras assassinas. E vice-versa. A terrível comoção do parto, a selvageria que faz parte da essência da maternidade e que irrompe de modo pavoroso, não apenas no mundo animal, acentuam que o que nutre, devasta; o que pare, enterra. Viver é alimentar-se do vivo, e, no transe dionisíaco, este é um saber imediato, que se sabe com o corpo inteiro, despedaçado, numa invasão inegociável que diz do nosso desejo, de sua ambiguidade originária. Onde Apolo é invisível e abstrato, Dioniso é corpo, carne e osso. Seu espírito é o de uma criatura selvagem, sua vinda traz consigo o frenesi. 

Devido a sua turva mirada e perturbador sorriso, Dioniso carrega a máscara, signo de seu ritual citadino, o teatro. Durante a “mescla dos vinhos” nas festividades dionisíacas, sua presença era atestada por meio de uma grande máscara, que pendia de uma coluna de madeira e por onde vertia o vinho que era oferecido, primeiramente, ao próprio deus. Abaixo e ao redor da cabeça barbada, ramas de hera envolvem-no como uma coroa e descem ao redor da coluna até os pés. Aí podemos ler a qualidade vegetal do culto de Dioniso, também chamado de Dioniso-árvore. Segundo Otto, nem todo ser sobrenatural se apresenta vestindo máscara, apenas os que pertencem ao reino natural, ao terreno. Porém, no caso de Dioniso, o agudo de sua presença vertiginosa e inevitável acrescentava muito ao sentido da máscara. Enquanto outros deuses do cortejo se deixam ver, quase sempre, de perfil, Dioniso é aquele que oferece “seu monstruoso rosto, com olhos bem abertos”. A esta curiosa particularidade, entende-se que, desde tempos imemoriais, se tenha preferido representá-lo mascarado, já que ele é aquele “que mira”, que encara, sem qualquer desvio. Sobre seu rosto, mais uma vez, a máscara encobre e revela, fazendo-se símbolo do encontro: diz daquilo que está e daquilo que não está — união da presença imediata e da ausência absoluta. Paroxismos.  

O vinho! Dioniso, sabemos, é o deus da embriaguez divina e do amor incendiário, mas também é o perseguido, o sofredor, o moribundo. Um deus louco — mas, para os gregos, a revelação do sentido de embriaguez divina é tão ampla e profunda que, muitos séculos depois, um Hölderlin ou um Nietzsche puderam expressar seus derradeiros pensamentos pela boca de Dioniso, e Hegel pôde compreender que, no delírio báquico, nenhum membro está sóbrio. “Assim, de águia, de pantera, / são os anseios do poeta, / são os teus anseios sob mil máscaras, / ó doido! ó poeta!… // Tu que viste o homem como deus tanto como carneiro — / despedaçar o deus no homem / tal como o carneiro no homem / e rir despedaçando (…)”, saúda Nietzsche em seus Ditirambos de Dionísos. Dioniso, como diz Giulia Sissa, é a “voz da carne”.  

Ainda no cortejo de seus epítetos, aparecem nomes que significam o ruído cheio do bosque, o que profere gritos, devido aos terríveis gritos rituais e seus ásperos instrumentos — tambores, flautas, címbalos —, que, tocados por Dioniso, cobriam-se miraculosamente de hera. Na época helenística, seus iniciados tatuavam-se com ramos de hera ao longo do corpo. Este fragor infernal que o deus anuncia e o acompanha diz também de sua natureza fantasmagórica: de repente, um vazio total. A mênade, com seu grito agudo, nos assusta também por seu olhar congelador, petrificante, no qual se reflete o monstruoso, o tomado pela loucura. O mundo familiar instalado pelo humano, seguro e cômodo, não está aqui. Com a chegada de Dioniso, abre-se o rasgo primevo, não ingênuo ou infantil, mas de uma ferida ancestral, das funduras do ser, as formas cruas do criativo e destrutivo: não trazem sonhos ou enganos, mas uma verdade — uma verdade que enlouquece.  

Doce demência, fúria aniquiladora: o conhecimento visceral de Dioniso, a natureza, anterior e contínua do movediço que habita e assombra. Estamos no âmbito dos contrastes mais terríveis. Quando Penteu, o que recusa a transformação, é dilacerado por mênades transformadas em panteras (entre elas, sua própria mãe), assinala-se a condição metamórfica dos seguidores de Dioniso, com frequência também chamado aquele de duas formas ou o multiforme. Entre seus animais, que o acompanham ou lhe cedem o corpo, estão: o touro, o leão, a onça, o javali, a serpente. Mas a pantera — pan (todo) e thera (animal/fera), a fera do todo, o animal do grande todo — é seu animal predileto. É dela a elegância mortal, o pavoroso prazer que sente ao lançar-se, num salto ágil, sobre a sua presa. Algumas plantas e flores primaveris testemunhavam sua presença: a hera, o pinho e a figueira são os vegetais de seu afeto. Entre todos, a videira, doadora do sangue da terra.  

A loucura, o jogo de máscaras, a duplicidade inseparável: Dioniso é o Zagreu, o grande caçador. E o caçador é também a caça, o esquartejado. Por isso, sua inexorabilidade sanguínea é justa, no sentido de que tudo é devorado enquanto devora o outro. Dê conta da sobriedade desta lei, dance dentro da inevitabilidade do jogo fertilidade-morte. A ambiguidade e a contradição são inerentes à sua natureza, por isso muitas vezes vamos vê-lo ao lado de Hermes, principalmente o Hermes ctônico, aquele que desce à visitação dos mortos. A loucura chamada Dioniso (na concepção grega denominada lyssa ou erinys) não é uma doença, em nada se aproxima de uma definição racionalista de um mundo que instaura a si mesmo lançando os seus “loucos”, vulgo doentes, numa stultifera navis à deriva de todo contato humano, de toda ameaça de “contaminação”. A loucura dionisíaca não é doença, não é degradação vital, mas, muito pelo contrário, é um elemento que diz de uma extrema saúde: a tormenta que, instaurada no interior de cada um, amadurece e sai de si. 

Dioniso diz-nos do selvagem espírito da contradição: existência imediata e distância absoluta, benção e espanto, plenitude e aniquilação, bondoso fascínio e demente selvageria. Aquele em que algo vivo jorra há de submergir em profundidades insondáveis, onde vivem as forças da vida. E, quando retornar à superfície, se adivinhará em seus olhos um brilho de loucura, pois logo aqui-ali a morte reparte seu espaço com a vida: não temos nós, diante do espelho, o rosto de um morto? O próprio segredo primordial enlouquece: o seio de duplicidade e unidade do duplo. Dioniso quebra com o estático e o rígido, desmonta todo o zelo com que a pessoa pensa construir um eu. Atordoa tudo aquilo que engaveta e rotula: o presumido lugar das pessoas em padrões culturais e sociais, as “identidades”, perdem suas definições, enlouquecem também. Daí o vinho ser do seu domínio, enquanto acesso à furiosa expressão decorrente do rasgo do desconhecido fogo pela garganta, de um deixar-se ao desregramento dos sentidos, como diria Rimbaud, esse êxtase do saber que não controla nada. Dioniso é o álcool que oferece a quem cruza seu caminho e o seu convite é irrecusável: em algum ponto, ele toca no irreprimível do desejo. Aqueles que tentaram negá-lo, acabaram destroçados pela fúria de suas próprias vísceras endurecidas. Só Dioniso foi capaz de abrandar o irredutível, técnico e recalcado Hefesto, contra quem nem o próprio Ares (a força bruta) nada pôde. Dioniso, ao contrário, amansou-o dando-lhe o vinho. O vinho, entretanto, nem sempre acalma. 

No deus, coabitam estreitamente o prazer e a dor, a iluminação e o obscurecimento, o amável e o temível — lacrimatórios, enócoas: este nosso corpo-vaso, onde corre o sangue e a linfa, a vida e os humores, o excesso e a fome. Dioniso é estridente, atordoa, bagunça. E ele diz, rediz: a morte não surge ao final — há que buscá-la nas origens de toda vida e em todas as suas criações. Desta fundura vital que a morte torna insondável, mana toda embriaguez, o segredo da regeneração, o fio tenso sobre o qual se dança o labirinto vivo, o arranjo em constante metamorfose. No rosto de qualquer deus autêntico, vemos o rosto de um mundo. Na máscara de Dioniso, o mistério dança, embriaga e cura o todo ambíguo. 

 SATURNO COBRINDO VÊNUS E PLUTÃO 

na fenda o que resta do abismo dá-se nome 
com que tingir enganosa boca fielmente dileta 
cair é o tempo de uma vida 
o enquanto-quando, à beira do encontro 
e só então despedaçada 
convida 

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