
Tomamos uma anestesia qualquer que nos impede de seguir em frente, ir adiante quando todo mundo, no sentido mais amplo da palavra, já passou de fase e experimenta um novo instante, onde tudo parece, se não melhor, ao menos diferente. Nós, não. Repetimos os erros e persistimos nos acertos até torná-los equívocos por exercício de conforto e falta de impulso. Morremos aos poucos dia a dia, confinados em nossa própria história pregressa, revivendo um passado de média glória quando entregamos aos olhos curiosos um pouco de ousadia e criatividade. Faz tanto tempo…Fomos modernos um dia, quase avant la lettre, diria. Não inventamos, mas caprichamos e adaptamos arte e música, arquitetura e moda à nossa moda; éramos felizes e sabíamos, e levamos à flor da Terra no apogeu do século XX o que poderia ser apenas o começo de um futuro brilhante. Anabolizamos o pouco que tínhamos e não ganhamos musculatura…
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