A artista Berna Reale oferece o seu presente para os tempos atuais
1. Isolar o local se este não tiver resguardo/não for isolado.
É, na maioria dos casos, a polícia quem isola a cena de crime assim que chega ao local. Não sendo efetuado esse isolamento, o perito criminal pode solicitar esse procedimento para que os trabalhos se desenvolvam e elementos e pessoas estranhas à cena não prejudiquem a análise.
2. Observar em silêncio, falar somente o necessário.
O silêncio é importante para que a análise seja feita com o que está na cena do crime. Perguntas devem ser precisas e com foco em respostas elucidativas.
3. Mover-se com leveza e segurança. Entrar e sair na mesma direção.
Evitar alterar a cena. Um movimento brusco pode contaminar a cena e apagar ou alterar vestígios. Andar em direções definidas, mesmo que em sentidos contrários, ajuda a preservação do local do crime e pode ser essencial para análise da cena.
4. Esgotar-se em observações no local.
Uma cena pode conter muitas histórias; não deve ser limitada a poucas observações.
5. Desconfiar dos sinais. Não se limitar à primeira comprovação. Fazer mais de uma análise.
O perito criminal não deve limitar-se a uma possibilidade ou comprovação; fazer muitas análises é necessário para chegar a uma conclusão consistente.
6. Não descartar vestígios à primeira vista, mas analisá-los.
Vestígio é aquilo que é encontrado no local do crime que possa ter relação com o fato.
7. Distinguir os sinais das provas, os vestígios das evidências.
Evidência é o vestígio que, após analisado, torna-se uma prova.
8. Preservar, recolher, analisar.
Saber preservar e recolher um vestígio para análise é de extrema importância, pois este pode vir a ser um elemento de evidência do crime.
9. Anotar, registrar espaço/tempo.
Importante o horário e o tempo da chegada e saída do local, e todas as possibilidades de relação com o horário do fato.
10. Não confiar na memória. Fotografar a cena geral e em partes. Fotografar tudo, em todas as direções/sentidos/posições e em alta resolução.