
“Há alguma coisa de podre lá em cima…”Tobias Barreto (1839-1889) “No Brasil, o prestígio pessoal costumava prender-se antes à capacidade de acesso aos altos cargos públicos originada principalmente no grau de relação com os senhores da situação”Sérgio Buarque de Holanda Em data recente, o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Sr. João Vaccari Neto, introduziu no vocabulário da mídia um novo termo: “pixuleco”. Este designa “propina”, “dinheiro sujo” ou “dinheiro roubado” e foi usado para definir as quantias que foram distribuídas pelo sistema de corrupção que atingiu a Petrobrás. Com essa ou outras designações, a questão da corrupção no seio do Estado brasileiro e seus tentáculos, na forma de redes clientelistas ou nepotistas, atravessam nossa história. Vale lembrar que a preocupação com o assunto não é nova. Uma longa linhagem de intelectuais, empresários e juristas já se debruçou sobre o tema: de Tobias Barreto a Raimundo Faoro, de Manoel Bonfim a…
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