Nume
intensidade e matriz, a palavra propaga, primeiro nas auréolas, depois nos miolos, mas no mesmíssimo instante, intensidade e matriz, confirma a palavra, o instante menos do que a chuva, fina, fina, apenas quietude de água translúcida, olhar de mil cavalos que escorre na janela do quarto, pradaria e descampado. bicho que se sabe extenso, alto, ainda assim os músculos suscetíveis, a crina selvagem, a ferradura antiga, corrompida, descascada. através dela o instante retorna, persiste, é noite, um sopro quente e delicado abre os olhos, intensidade e matriz, nunca antes o silêncio tão música inaudível, a madrugada tão clara, ainda assim a firmeza da voz, timbre vigilante, sabe da vertigem no outro lado da gangorra, sabe da importância da solidez de um braço. entre todo o esquema do insondável, lâminas, partículas, coisas mínimas, papéis esmiuçados, tentativas de recortes. assobiando o fundo persiste mais do que o instante.