
Logo na capa desta edição da revista Amarello se vê como Bruna Canepa reage às pinturas que cobrem fachadas cegas nos arredores de Gênova. Em 2015, em viagem à Itália, os murais trompe-l’oeil da Ligúria lhe causaram forte impacto; nas suas próprias palavras: “essas pinturas não condizem com o interior do edifício. Atrás delas, há algo diferente do que anunciam”.Assim, provocada, Bruna responde com uma série de desenhos, sempre aos pares, como dípticos que seguem uma mesma estrutura sucessiva: [1] vista frontal, aquela que coloca o observador no ponto preciso para que se produza a ilusão, e [2] projeção axonométrica, aquela em que o truque se desvela. Na primeira, é puro efeito. Na segunda, está desfeito. Por isso, ver a segunda equivale a conhecer o plano. Vendo-a, é possível inferir como se quer iludir o observador da cena projetada. É justamente esse segundo tipo que estampa a capa da nossa…
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