
As pesquisas sobre história do Brasil que não se referenciam por um viés colonial e europeu crescem de forma exponencial. São muitos os trabalhos que buscam analisar os processos históricos sob uma perspectiva que não invisibilize as experiências não brancas. De todo modo, o caminho ainda é longo, e há muitos embates a serem travados. Um exemplo que confirma isso são os conteúdos expostos nos currículos das escolas de grande parte do país, que perpetuam noções dualistas e simplistas e muitas vezes reproduzem narrativas que não pontuam as permanências e descontinuidades com o tempo presente. Vamos voltar no tempo: há grandes chances de que, no período em que você, leitor, teve algum tipo de contato com as experiências negras e indígenas no colégio, estas tenham sido representados pelo viés da colonização e escravidão. A narrativa oficial que permanece até os dias atuais nas escolas é de que os indígenas foram…
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