Os mais antigos sinos datam do ano 3000 a.C. e foram encontrados na China. Por ser um objeto considerado pagão, ele foi incorporado ao Cristianismo somente no século II d.C., com a função de anunciar o evangelho e chamar as pessoas para as assembleias. Apesar da funcionalidade, sua popularização aconteceria somente no século VI, com os monges missionários difundindo o seu uso na Europa Central. 

A história da tradição da família Angeli começa na Itália, quando Giuseppe Angeli inicia a fabricação de sinos, em 1770 ─ época em que a produção ainda tinha o estatuto de arte. Foi seu filho, Ângelo Angeli, que, como muitos da sua geração, trocou o Velho pelo Novo Mundo, desembarcando no Brasil para “fazer a América” junto da esposa, Elvira Butassi, e dos seus filhos, no começo do século XX. Na São Paulo impulsionada pela elite cafeeira, Ângelo passou a lecionar no consagrado Liceu de Artes e Ofícios. 

Após a morte de seu fundador, a Sinos Angeli conservou a técnica familiar na fabricação artesanal dos sinos, passando o conhecimento de geração em geração, sem deixar que a modernização ofuscasse a tradição.