Transitar pela Armênia é transitar pelo silêncio, pelo tempo suspenso. O vazio que se esparrama e se dilata. Mulheres como paisagens. Que me atravessam e me inquietam, sem se darem conta.
Fui para a Armênia fotografar as mulheres, em busca de suas histórias e da identidade armênia. Depois de quatro meses captando essas personagens, me dei conta de que todas eram como meu próprio espelho. Em todas há o meu silêncio, o meu vazio e a minha solidão por viver nessa terra, que me preenche de tanto eco.
A montanha me abraça, me alimenta, me preenche, me aquieta, como um útero. São dois mundos, o externo e o interno. E não importa qual é qual.