
Editora de artes visuais: Gabriela Machado
Alteando a proposta para tatear um rosto.
Deste processo, me ponho aqui a falar que em uma certa tarde nesta nossa época de tempos de casa, me vi confessando uma vontade de lembrar dos “rostos” da família, de amigos e pessoas que me falam sobre sonhos em estranhos idiomas.
Eram rostos a lampeja e estavam distantes, uma forma de fato a se constituir
Nenhuma semelhança que não fosse construída através da massa pictórica da tinta a óleo, que dei por vezes um pouco menos que aquele minúsculo plano da pintura.
A saltar meu coração para dentro desta aventura com a emoção de um branco papel.
Fui diretamente ao fundo do mar, para lá buscar a sensação a construir.
Trazer sempre este rosto para o campo do conhecido, um fenômeno a se dar, um fato, buscas sempre muitas.
Penso que não há construção de um rosto com as mãos sem que os braços esqueçam a verdadeira forma.
Os brilhantes olhos aparecem com o tempo
Quem é?
Adivinha que ele se criou aqui.
Aqui para a Amarello minhas escolhas se passaram por todas as pinturas que este olhar pôde entrar para um imaginário.
Elas surgiram, somente as pinturas, quando me coloquei ao vento, muitas e poucas.
Ficaram principalmente aqui as que nasceram de um olhar vago, surpreso, remoto e também por muitas interessadas na palavra.
O pintor está a olhar para nós, não ao rosto fotografado, não ao instante. Meu olhar caiu dentro do rosto pintado e criado por esta tinta que está por trás deles. Os dias não foram tirados, mas, no todo as pinturas vieram.